Bronquiolite: quando levar seu bebê ao pediatra
Postado em: 20/02/2025
A Bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos (parte final dos brônquios), que atinge principalmente bebês menores de 2 anos. Nos primeiros anos de vida, o sistema imunológico das crianças ainda está em desenvolvimento, tornando-as mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença.

Além dele, o rinovírus, parainfluenza, adenovírus, influenza, coronavírus, e as bactérias Mycoplasma e Bordetella também são transmissores da bronquiolite. A contaminação ocorre com mais frequência por meio de secreções respiratórias ou contato direto. Ou seja: crianças que passam o dia em locais fechados, como em creches, estão mais suscetíveis.
Nesse texto, vou explicar tudo sobre a bronquiolite e indicar quando é o momento adequado de levar seu bebê ao pediatra. Continue acompanhando para mais informações!
Quais são os sintomas?
Os sinais iniciais da bronquiolite são similares aos de um resfriado comum, incluindo nariz entupido, coriza, tosse e, ocasionalmente, febre. Após os primeiros dias, cerca de um terço dos bebês pode apresentar piora significativa, mostrando sintomas como falta de ar, respiração rápida e esforço ao respirar, indicando que a inflamação atingiu os bronquíolos.
O pico de piora costuma ocorrer entre o terceiro e o quinto dia após o início dos sintomas. Em casos mais graves, pode haver evolução para insuficiência respiratória, o que requer hospitalização para tratamento.
Qual é a faixa etária mais afetada pela bronquiolite?
A incidência da bronquiolite é mais comum em bebês entre 2 e 6 meses de idade. Nesta fase, o sistema respiratório ainda está em desenvolvimento, tornando os bebês mais suscetíveis aos sintomas intensos da obstrução das vias aéreas causada pelas secreções produzidas pela infecção.
Quais são os principais riscos da bronquiolite?
Embora a bronquiolite geralmente apresente um curso benigno, com sintomas que tendem a desaparecer entre 8 e 15 dias, cerca de 10% das crianças podem continuar tossindo por até um mês.
Os riscos associados incluem desidratação, pneumonia por aspiração, apneia, insuficiência respiratória e infecções bacterianas secundárias, como otite e pneumonia. Estas complicações são mais frequentes em bebês menores de 3 meses, prematuros e naqueles com condições crônicas que afetam as vias respiratórias, como fibrose cística e displasia broncopulmonar.
Quando consultar um pneumologista pediátrico?
Embora a bronquiolite geralmente apresente sintomas leves, em alguns casos a doença pode evoluir para quadros mais graves. Se seu filho apresentar tosse intensa, febre alta e dificuldade para respirar, ou se esses sintomas persistirem por mais de algumas semanas, é essencial procurar orientação especializada de um pneumologista pediátrico.
Procure ajuda médica imediatamente se notar sinais de desidratação, como baixa frequência de micção. Os fatores que indicam a necessidade de consultar um pneumologista pediátrico incluem:
- Febre persistente acima de 38°C;
- Consumo menor do que metade da quantidade habitual nas últimas mamadas;
- Ausência de fraldas molhadas por mais de 12 horas;
- Respiração muito rápida;
- Aparência cansada ou irritada.
Se seu bebê apresentar dificuldades respiratórias, interrupções na respiração, coloração azulada ao redor dos lábios ou da língua, ou dificuldade para se manter acordado, procure atendimento médico urgente.
Além disso, se seu bebê tem menos de três meses ou alguma condição de saúde preexistente, é especialmente importante consultar um pneumologista pediátrico ao notar sintomas de bronquiolite, devido ao risco elevado de complicações.
Como tratar a bronquiolite?
Em casos mais leves de bronquiolite, quando não há desconforto respiratório grave, como tosse com chiado ou falta de ar, é possível cuidar do seu filho em casa. É preciso controlar a febre e manter a hidratação, seja por meio de mamadeira ou amamentação.
A hospitalização é necessária apenas quando a criança requer cuidados mais intensivos, como hidratação intravenosa, oxigenoterapia para facilitar a respiração, ou fisioterapia respiratória para ajudar na eliminação de secreções.
Crianças que fazem parte de grupos de risco, como prematuros, portadores de doenças cardíacas ou pulmonares, têm maior probabilidade de necessitar de internação.
Em que período do ano a transmissão da bronquiolite é mais comum?
Durante o outono e inverno, passamos mais tempo em ambientes fechados com ventilação limitada, o que facilita a propagação de vírus.
Conclusão
É crucial estar atento aos sintomas da bronquiolite, especialmente em bebês menores de 2 anos. Se observar sinais como dificuldades respiratórias, febre alta ou qualquer outro sintoma preocupante, não hesite em procurar um pneumologista pediátrico. O acompanhamento precoce e adequado pode prevenir complicações e assegurar a recuperação rápida e segura do seu pequeno.
Mantenha-se informado e pronto para agir diante dos primeiros sinais de alerta para proteger a saúde respiratória do seu bebê.
Cuide da respiração do seu bebê com segurança
Para uma avaliação detalhada e acompanhamento, não hesite em agendar uma consulta. Como sua pediatra especialista em pneumologia pediátrica, estou pronta para ajudar seu bebê a respirar melhor e se recuperar de forma segura. Entre em contato para garantir o bem-estar do seu pequeno!
Dra. Ana Carolina Pacheco Nekrycz
Pediatra Especialista em Pneumologia Pediátrica
CRM-SP: 142040 | RQE: 49727 | 497271
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